sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ESPETÁCULO MÃES NEGRAS FAZ ÚLTIMA APRESENTAÇÃO E ENCERRA TEMPORADA 2012 NO TEATRO DO IFG
 

Acontece nessa próxima sexta, dia 21 de setembro de 2012, o encerramento da temporada do espetáculo Mães Negras – Teatro das Oprimidas, no Teatro do IFG, às 20 horas. O espetáculo, que é foi contemplado pelo II Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras: Teatro, Dança e Artes Visuais, da Fundação Palmares, estabeleceu durante 5 meses, uma agenda agitadíssima em Goiânia, percorrendo escolas da rede municipal de ensino, universidades e centros de referência da assistência social.
 
Desde o processo de concepção à estreia, dois foram os grandes motivadores para a realização do projeto: o trabalho direto com mulheres da comunidade do Setor Pedro Ludovico – em especial as organizadas na Associação Desportiva e Cultural Mestre Bimba (que formam o elenco do espetáculo) e a circulação de um produto teatral que pudesse mexer com as estruturas normativas dessa nossa sociedade, que abrisse um diálogo com a plateia e que a partir disso fosse possível um momento de reflexão, onde todos tivessem a oportunidade aprender e discutir os dilemas das mulheres oprimidas, de forma coletiva. Partindo disso, que a ferramenta escolhida foi o teatro-fórum.
 
O encerramento da temporada traz algumas novidades. A circulação pelas escolas desenvolveu um processo de trabalho com os alunos das impressões sobre o espetáculo e a temática abordada, e o resultado será apresentado hall de entrada do Teatro do IFG, em forma de exposição. Além disso, o Afoxé Asè Omo Odé fará sua participação, com músicas e cantigas de culto a ancestralidade, embalados pelo ijexá, ritmo característico das manifestações culturais e artísticas afro-brasileiras.
 
Mães Negras – Teatro das Oprimidas é uma iniciativa da Associação Desportiva e Cultural Mestre Bimba, com direção geral de Carolina Machado e dramaturgia de Tiago Moita. A realização é do CADON –Centro de Apoio e Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves erm parceria com a Fundação Palmares e patrocínio da Petrobrás. Mutamba Criativa Ideias e Soluções assina a produção e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Igualdade Racial – SEMIRA, Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres – SMPM, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – IFG e Ministério da Cultura.
 
Serviço
Encerramento da Temporada Mães Negras – Teatro das Oprimidas
Onde: Teatro do IFG
Quando: 21 de setembro (sexta-feira) às 20 horas
Entrada Franca
Informações: (62) 9231-1268 / (62) 8121-1057

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


 
MÃES NEGRAS APRESENTAM TEATRO-FÓRUM NA ÁREA I DA PUC



 
          Em parceria com a ONG Transas do Corpo que realiza a 2ª Formação Feminista "Tramas & Redes para Mudar o Mundo" neste sábado, dia 1º de setembro, o grupo Mães Negras Teatro das Oprimidas realizará seu espetáculo a partir das 16h30 no HALL da Área I da PUC, no Setor Universitário.
 
           Quem quiser conferir, a entrada é gratuita!
            Tragam suas idéias para mudar o mundo!

Serviço:

Teatro-Fórum Mães Negras
Data: 01º de Setembro
Horário: 16h30
Local: HALL da PUC
Entrada Franca

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ALEGRIA DE CRIAR



     25 encontros foi o tempo pensado para que a alquimia acontecesse.

     Teríamos de nos conhecer, superar a fase de estranhamento e desconfiança, permitir ao corpo fazer movimentos até então nunca ousados, conceber um roteiro, montar e ensaiar, ensaiar e ensaiar.


      Muito pouco tempo. Mas será que vocês topam o desafio?


Elas toparam, eu topei, Tiago Aguiar assinou em embaixo. Só há um jeito de saber se esse negócio vai dar certo: experimentando.


As oficinas em que realizávamos os jogos do Teatro do Oprimido foram quase sempre marcadas por uma áurea de alegria, ainda que tivéssemos dias de briga, de desânimo e de falta de concentração. 

     À medida que fomos entrando na construção do roteiro o clima se intensificou: começamos a tocar em histórias reais, muito doloridas, opressões tão fortes que cada uma ali já passou, tantas injustiças que sentíamos o coração apertado, uma angústia. Eu e Tiago fomos nos preocupando: será que não estaríamos tocando fundo demais? Que suporte poderíamos oferecer além do teatro?



    Bom... amizade. E amizade entre pessoas com histórias de vida muito diferentes. Ainda entra aí uma questão muito forte: tínhamos uma visão de mundo diferente. Grande parte de nossas mulheres tinha sido criada no Candomblé ou se encontrou com essa religião de forma muito profunda em algum momento de sua vida.


Alguns choques foram inevitáveis.
 
Mas talvez seja igual jogar capoeira: tem que correr o risco!
 
De tudo isso, nasceu o espetáculo, com afoxé, capoeira, percussão, com cenas de denúncia, de opressão, da luta da mulher para superar os obstáculos provenientes do machismo, da pobreza, da falta de informação.



       E a gente continua se conhecendo, pensando essa experiência, buscando formas de crescer enquanto grupo, superar as limitações de cada uma. Porque o teatro, como legítima arte humana, acabou nos incentivando a fazer uma travessia: nos tirando de uma margem segura e nos levando para outra que ainda está em construção.
         Na outra margem moram os nossos sonhos. 

 Carolina Santos 
Coordenadora Geral 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O TEATRO É PARA VOCÊS QUE ESTÃO NAS ESCOLAS!



        As "Mães Negras" foram recebidas na Escola Municipal Antônio Fidelis, no Parque Amazônia e na Escola Municipal Bernardo Élis, no bairro São Carlos.

         Nos apresentamos para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos, gente que em grande maioria trabalha durante o dia e que está na escola em busca de retomar e terminar os estudos. Outros, ainda muito jovens, que acabaram saindo do fluxo normal escolar por algum motivo. Todos observando curiosos a estrutura do teatro sendo montada, alguns com mais desconfiança, outros com mais receptividade. Havia gente que nunca assistira um teatro na vida! Olha só o tamanho da responsabilidade.
      
         A cena acontece, o público acha engraçado todo aquele drama familiar até que o pai alcoolizado e raivoso tira o cinto para bater em mãe e filha – daí todos prendem a reão respiração e muitas memórias certamente começam a brotar.



Porque era mesmo que ele me batia?
 Porque havia tanta ignorância?
Não tem outro jeito?








         A cena prossegue e o público acompanha a protagonista em seu desejo de mudar de vida, desejo esse que ela não consegue realizar, porque mudar de vida não é mesmo fácil. Ou é?
       Vem a gravidez, a saída da casa dos pais, a necessidade de trabalhar, a ilusão do casamento. Isso tudo que vocês estão assistindo é real? E O público responde: “Sim, acontece todos os dias”.




         Na história de Mariana, homens, mulheres e crianças se dispuseram a entrar em cena e expressar seus sentimentos em relação ao que viram.
            -   Você não pode me bater - a menininha de 4 anos entra em cena e diz.
            - Eu vou embora de casa, vou viver com minhas amigas, vou trabalhar, não vou mais suportar isso. - a moça com deficiência intelectual se enche de coragem e diz a esse mesmo pai
         Os jovens da Escola Bernardo Élis dizem:

           -  Esse pai tem que parar de beber, porque senão não consegue ter controle sobre suas emoções

         A moça entra em cena e diz para a atriz que representa o marido:

        - Eu não quero tanquinho, ou fogão, eu quero que você fique aqui e assuma as suas responsabilidades como pai.

         Todos temos o que expressar! O que precisamos é desse espaço para mostrar as transformações que queremos em nossas vidas!

          Por isso nossa trupe continua a rodar nas escolas, as próximas são E.M. Jales Machado (atrás do HDT) no dia 22 de Agosto e E.M. Itamar Martins no Setor Pedro Ludovico no dia 29 de Agosto. Sempre às 19h. Se você estiver por perto venha dar a sua contribuição para essa discussão!

domingo, 22 de julho de 2012

Mães Negras estreia dia 24 de julho  

no Cine Teatro Goiânia Ouro

Por Janaína Soldera e Carolina Santos 

 
O espetáculo Mães Negras faz estreia para o público goianiense no próximo dia 24 de julho, às 20 horas no Cine Teatro Goiânia Ouro, marcando às comemorações do dia da Mulher Negra. O espetáculo é fruto do projeto Mães Negras – Teatro das Oprimidas, selecionado no 2º Prêmio de Expressões Culturais Afro-brasileiras, realizado pela Fundação Palmares em parceria com o Centro de Apoio e Desenvolvimento Osvaldo Santos – CADON, com patrocínio da Petrobrás.

A iniciativa é da Associação Desportiva e Cultural Mestre Bimba, que desenvolve há 12 anos atividades que estimulam, incentivam e promovem a cultura afro-brasileira em Goiás.

A Contrução do Espetáculo

O público-alvo do projeto Mães Negras – Teatro das Oprimidas são as mulheres da Associação Mestre Bimba que se reuniram para participar do processo de construção do espetáculo. Desde oficinas de percussão sustentável – ministradas por Ricardo Roqueto, capoeira angola – pelo Mestre Guaraná e o Grupo de Capoeira Kalunga e dança dos orixás – com Mestre Luisinho e Afoxé Asé Omo Odé a jogos teatrais e oficina de construção do espetáculo dentro da estética do Teatro do Oprimido – técnica desevolvida pelo diretor e dramaturgo Augusto Boal, foram acrescentados à preparação do elenco, eminentemente feminino, das quais praticamente todas experimentavam pea primeira vez uma vivência teatral. O processo foi coordenado por Carolina Santos, que assina a direção geral e divide a dramaturgia do espetáculo com Tiago Aguiar. A poética desenhada em Mães Negras traz elementos da cultura afro-brasileira, mas sobretudo quer propor a plateia, reflexões sociais sobre o papel da mulher nessa sociedade.


O Espetáculo

Mães Negras conta a trajetória de Mariana desde sua infância até sua, talvez, maior expressão enquanto mulher: a maternidade. A protagonista é inumeras vezes posta contra a parede, no que se refere as amarras de uma sociedade machista, com mecanismos fortes e precisos de manutenção do discurso como: “Isso não é coisa de menina!” ou “Lugar de mulher é na cozinha!” e por vezes diante do opressor ouve “Se você sair por esta porta, você não tem mais família!”. Frases fortes e que surtem efeito. O que fazer para mudar sua própria história?

O teatro das oprimidas é uma celebração do encontro. A técnica é atualmente celebrada por mulheres do mundo inteiro: mulheres da Índia, de Moçambique, da Guiné-Bissau, mulheres do Brasil, da Argentina, da Alemanha, da Áustria. Todas unidas em uma pesquisa estética do corpo feminino e seu lugar no mundo. Afinal qual é o lugar da mulher no terceiro milênio? Quais são as armadilhas que seguem aprisionando-as em cotidianos opressivos?


No caso de Mães Negras Teatro das Oprimidas, celebra-se o encontro entre costureiras, cozinheiras, jardineiras, donas de casa, babás. Celebra-se o encontro com a cor negra, com a ancestralidade africana, com a capoeira, com o afoxé, com os sonhos de uma vida melhor, de uma infância mais tranquila, de um trabalho mais digno e valorizado, e porque não, com o sonho de um casamento em que os parceiros se respeitem mutuamente e nada mais se resolva a partir de agressões?


No espetáculo “Mães Ne- gras” o corpo de Mariana é o espelho das muitas mulheres que se encontram ameaça- das e às quais a única opção é fugir. Elas fogem com um filho pendurado nos braços e um horizonte de incertezas diante de si. Mariana convida o público, através do Teatro- Fórum (outra premissa de Boal) a discutir sua história, a sentir suas dores, a celebrar suas ancestrais e, sobretudo, a propor outras soluções para seus problemas, soluções que ela ainda não pôde experimentar, mas que você, que está na plateia pode mostrar como seria. 
 
Como diria Augusto Boal: “Somos todos espect-atores!”


 Serviço: Espetáculo Mães Negras
Quando: 24 de julho - terça, às 20h
Onde: Cine Teatro Goiânia Ouro
Entrada Franca
Mais Informações: Janaína Soldera – (62) 9414-8384 ou maesnegras@gmail.com

sábado, 14 de julho de 2012


ESPETÁCULO MÃES NEGRAS COMEÇA SEU CIRCUITO DE APRESENTAÇÕES COM MUITO AXÉ

A noite dessa sexta-feira 13 de julho foi marcada de sorte e de muito axé para as mulheres da Associação Mestre Bimba, que fizeram um ensaio aberto à comunidade do Setor Pedro Ludovico. 

 

Para um grupo restrito de amigos e moradores do setor, o espetáculo Mães Negras - Teatro das Oprimidas trouxe à cena a história de uma mulher marcada pelo discurso machista e que em sua trajetória tenta s...e desvencilhar tanto do discurso como das atitudes que ainda reforçam o machismo e a opressão nas entranhas da sociedade. O espetáculo é sem dúvida, um convite à reflexão acerca da temática e sobretudo, um convite a sairmos da nossa zona de conforto para transformar a realidade que ora fomos inseridos pela atmosfera do teatro, mas que no fundo no fundo sabemos que àquelas situações são muito mais cotidianas do que imaginamos.


O fator "sorte" é atribuído por uma simples brincadeira diante a simbologia da data (sexta 13), que para muitos é sinônimo de azar. No entanto aliamos ao elemento sorte, 5 semanas de trabalho intenso, com encontros diários e contato com diversas linguagens de expressão da cultura afro-brasileira, elementos fundamentais na construção da poética do espetáculo.

Nesse sentido, convidamos a tod@s para estreia de Mães Negras -Teatro das Oprimidas, no dia 24 de julho de 2012, às 20 horas no Cine Teatro Goiânia Ouro. Entrada Franca.



Por Janaína Soldera
(Assessoria de Imprensa)
(62) 9414-8384 / (62) 8189-6299
maesngras@gmail.com 








sexta-feira, 13 de julho de 2012

PROJETO MÃES NEGRAS – TEATRO DAS OPRIMIDAS
FAZ ENSAIO ABERTO PARA COMUNIDADE DO SETOR PEDRO LUDOVICO – GOIÂNIA/GOIÁS

Com estreia prevista para o dia 24 de julho de 2012, o projeto MÃES NEGRAS – Teatro das Oprimidas faz ensaio aberto para comunidade do Setor Pedro Ludovico e amigos, no Ilê Ibá Ibomim (mais conhecido como Casa de Pai João de Abuque), também sede da Associação Mestre Bimba.

O espetáculo conta com um elenco eminentemente feminino, composto pelas mulheres da Associação que, durante quatro semanas de trabalho e ensaios fortes, sistematizaram o processo de várias oficinas e jogos teatrais, trazendo à tona o resultado desses encontros.

A intenção do projeto é inserir a discussão do papel da mulher na ocupação dos diversos espaços e como isso surte efeito na realidade das mulheres das comunidades das periferias de Goiânia: suas histórias, trajetórias e condições são pautadas, questionadas e refletidas como via para a descoberta de novas possibilidades.

A investigação é pelo viés do Teatro do Oprimido, fundado pelo ensaísta, dramaturgo e diretor teatral Augusto Boal, que alia teatro à ação social, pois como diria o próprio, O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atoresporque atuame espectadoresporque observam. Somos todos 'espect-atores'. É nesse entendimento que, o projeto Mães Negras se utiliza do teatro como instrumento de emancipação política e também como ferramenta de debater vários assuntos inerentes a realidade do público-alvo do projeto.

Sob a direção de Carolina Santos e co-direção de Tiago Aguiar, o espetáculo Mães Negras é uma ação selecionada pelo 2ª Prêmio de Expressões Culturais Afro-brasileiras com realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves – CADON, Fundação Palmares e Ministério da Cultura com patrocínio da Petrobrás. 


 
por Janaína Soldera
(Assessoria de Imprensa)
(62) 9414-8384 / (62) 8189-6299
maesnegras@gmail.com







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